Existem boas padarias por aqui? - Garapuletter #4
Um guia curtinho e eficiente de pães e uma agenda para o fim de semana
Dia desses a gente deu gostosas gargalhadas por aqui com alguém respondendo àquele tweet (xweet?) sobre uma cobra em um supermercado de Florianópolis, dizendo que a cobra teria saído de lá falando que a cidade não tem boas padarias (sim, somos bobos).
Mas, encaremos, a cobra não estava completamente errada. Temos muitos pontos que vendem pão, mas poucas padarias de fato, um lugar vendendo uma variedade razoável de pães e que ainda tenha um bom serviço para, pelo menos, café da manhã, ou só um café mesmo. Antes de tentar definir uma boa padaria, é preciso, porém, falar do pão.
É fácil classificar e ranquear o popular pão francês, que tem até normas formuladas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, porque ele é uma receita exata, com uma margem de erro bastante documentada. Difícil é encaixar todos os outros pães numa média.
"É complicado dizer algo que todo pão precise ter, porque há diversas categorias. Cada tipo de pão deve ter suas características respeitadas e, ainda assim, são questões bastante subjetivas" explica Jorge Mariano, pizzaiolo e padeiro da Generosa, em Porto, Portugal.
Aliás, aqui vale uma indicação antecipada: consultamos o livro Direto ao Pão, de Luiz Américo Camargo, quando ainda estávamos na missão de tentar encaixar todos os tipo de pão em caixinhas para um guia. O livro só endossou a opinião do Jorge de que isso era uma tarefa um tanto ingrata. Além de tudo, é um baita manual para quem quer aprender a fazer pão em casa, com explicações minuciosas.
Mas, voltando ao papo com o Jorge, a resposta é menos subjetiva quando a pergunta é sobre uma definição de boa padaria:
"Acredito ser uma combinação entre produto e serviço", diz. "Pra começo de conversa, o pão tem que ser bom. Também observo se a variedade oferecida tem um padrão de qualidade que permanece entre todos os produtos, assim como itens confeccionados a partir dos produtos-base, como sanduíches e torradas".
As indicações desta newsletter são uma tentativa de tentar equilibrar tudo o que o padeiro apontou acima: sugerimos estabelecimentos com um cardápio variado e bem executado de pães, além de opções comuns em uma padaria (doces, bolos, croissants, frios etc) e um café bem servido. Isso sem precisar cobrar um órgão vital do freguês em troca. Foi mais difícil do que parece chegar em nomes definitivos.
A Pão da Madre, no Campeche, entrega tudo o que promete. Cardápio com tipos variados de pães de fermentação natural, doces excelentes, café no ponto e serviço caprichado. Pão rústico, baguete, pão de batata doce, tem de tudo um pouco. Vale a pena ir com tempo e fome.
Outros estabelecimentos que valem a nota, por motivos similares: no norte da Ilha, o Empório Jurerê, do Bruno Corbari, também oferece uma variedade razoável de pães, com opções de vinhos e frios para acompanhar; no Centro o nosso coração ainda bate forte pela clássica Padeiro de Sevilha, que oferece bons pães mas ganha mais pelos acompanhamentos do cafezinho. No Continente, no Kobrasol especificamente, uma grata surpresa: o Artesão do Pão é a tal história de "apenas uma portinha" que faz pães de muita qualidade a preços justos.
⚠️ Uma novidade por aqui: estamos deixando essas e outras indicações neste mapa. A atualização não necessariamente será às sextas. Inclusive, se você está ultrajado que a sua padaria predileta não entrou nesse mini-guia, entre em contato! Valendo a pena, inserimos no mapa.
Comida Saudável Para Todos: Juliana Gomes é catarinense e é uma das vozes mais lúcidas quando o assunto é alimentação e meio ambiente. Com a aprovação do projeto de lei dos Agrotóxicos pela Comissão do Meio Ambiente do Senado nesta semana, seguir pessoas como a Juliana, que produz conteúdo sério e responsável sobre o assunto é fundamental. Vale maratonar o Jornal do Veneno ou ouvir a participação dela no Angu de Grilo, da Bela Reis e da Flávia Oliveira.
V Transforma Festival de Cinema: Festival de cinema catarinense em sua primeira edição, com programação voltada para diversidade sexual e cultura LGBTQIAP+. A programação está incrível e, além das sessões com filmes tem oficinas, painéis temáticos e muito mais. Acontece no CIC até o dia 28 de novembro e você pode conferir a programação aqui.
2º Festival Lanterna Mágica de Cinema: O coletivo de artistas e profissionais da cultura promove ações no Ribeirão da Ilha, onde está acontecendo o festival, até o dia 26/11. A programação é diversa e extensa. Você pode conferir aqui. No encerramento, domingo, sai a fanfarra do Filhas e Filhes de Eva, com muita música pelas ruas do ribeirão.
Bicharada de Primavera: Bloco de carnaval que já é tradição na ilha vai sair no dia 25 de Novembro, sábado. A concentração começa às 14h30min e o bloco toca às 16h. Vai ser no Calçadão da João Pinto, no centro, em frente à Casa Odara e ao Bar Insight, parceiros do bloco. Se você gosta de curtir o carnaval de rua de Floripa, pode contribuir com o Bicharada com qualquer valor no PIX bicharadablocofloripa@gmail.com .
Show do Tiquequê, para os pequenos: Criança também merece boa programação cultural e música de qualidade. Dia 26 de Novembro rola show do Tiquequê no CIC, às 15h, e os ingressos estão à venda aqui. Imperdível!
Max Romeo, no John Bull: O artista jamaicano chega em Floripa com The Ultimate Tour e faz show no John Bull, na Lagoa da Conceição. O Reggae Sunset ainda tem show de abertura com Marley Concert. Mais informações sobre o evento aqui.
Durante a semana tem a sessão de Quando Falta o Ar, no cinema do Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal no Estado de Santa Catarina, o Sinjusc. Documentário que acompanha profissionais da saúde no Brasil durante a pandemia da COVID-19. A sessão faz parte do clube Sobre Viver: O Cinema do/a trabalhador/a. Vai ser no dia 30 de Novembro, quinta-feira, às 19h na Avenida Mauro Ramos, 448 - Centro, Florianópolis. Mais informações aqui. Programa aberto, gratuito, e com pipoca!